Ispa N1 Minuto | Newsletter #28 – abril 2023

Comportamentos saudáveis

É inegável que a alimentação saudável e o exercício físico são amplamente promovidos pela sociedade como comportamentos essenciais para a nossa saúde. No entanto, será que esses comportamentos são suficientes para garantir a nossa saúde e felicidade a longo prazo? Embora uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício físico sejam importantes para manter a nossa saúde física e mental, existem outros fatores que têm igualmente um peso significativo no nosso bem-estar. Um dos estudos mais importantes realizado pela Universidade de Harvard, que acompanhou 724 homens ao longo de 75 anos, investigou os principais fatores que contribuem para uma vida longa e saudável. O estudo “What Makes a Good Life” descobriu que as pessoas que têm relações sociais de mais qualidade são mais felizes, saudáveis e tendem a viver mais tempo. Contrariamente, as pessoas mais isoladas (do que aquilo que desejariam) tendem a ser menos felizes, a ter um maior declínio na sua saúde física, incluindo no funcionamento do seu cérebro, e a viver menos tempo. E não é o número de relações, nem o (não) envolvimento numa relação romântica que faz a diferença, mas sim a qualidade das relações estabelecidas. Ter relações sociais significativas e positivas pode fazer uma enorme diferença na nossa saúde e bem-estar. Torna-se, assim, essencial integrar na nossa “lista” de comportamentos saudáveis o cuidado com as relações sociais. Cultivar e manter relacionamentos saudáveis é tão importante como cuidar da nossa alimentação e praticar exercício físico regularmente. Devemos esforçar-nos por investir em relacionamentos significativos e positivos nas nossas vidas, por exemplo, dedicando mais tempo às pessoas e menos tempo aos ecrãs, ou combinando encontros com pessoas importantes, mas com as quais passamos pouco tempo. Isso é fundamental para uma vida longa, saudável e feliz.

Fonte:
Waldinger, R., & Schulz, M. S. (2023). The Good Life: Lessons from the World’s Longest Scientific Study of Happiness. Simon & Schuster. 

Tânia Brandão
Professora auxiliar do Ispa – Instituto Universitário

Jorge Encantado é psicólogo investigador e professor universitário, especialista em Psicologia da Saúde e Ciência Comportamental. Participou na última década em vários projetos de investigação nacionais e europeus onde adquiriu vasta experiência de investigação em intervenções comportamentais para a promoção de estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis. Com doutoramento na área da Psicologia da Saúde, especializou-se em teorias e modelos motivacionais e autorregulatórios. Mais recentemente tem desenvolvido trabalho relacionado com estados de expansão da consciência e o impacto que estes podem ter na potenciação de momentos cruciais de mudança, bem como no bem-estar psicológico e na qualidade de vida. É membro da equipa editorial do website SafeJourney, plataforma de divulgação de ciência e de cultura psicadélica.

Continuar a ler

Nome completo
Jorge Eduardo Conde Encantado Paulo

Idade
36

Situação familiar (casado? filhos?)
Casado, com um filho – Vicente – de um ano e meio.

Local de nascimento?
Lisboa, mas sempre vivi em Sesimbra.

Foi aí que cresceu?
Sim, em Sesimbra.

Se pudesse reviver algo da sua infância, o que seria?
Estar na natureza até depois do pôr do sol. As atividades de espeleologia que fiz na minha adolescência de exploração de grutas com magníficas formações na zona de Sesimbra.

Lugar preferido?
Gruta do Frade (Sesimbra) / Serra de Sintra.

Tem algum passatempo? E “mania”?
Neste momento, sobretudo, dedicação ao website de divulgação de ciência psicadélica safejourney.pt.
Tipicamente: ouvir música e ler. Gosto, também, de ler sobre temas na fronteira da ciência e com potencial disruptivo, que possa provocar mudança de paradigma científico.
Sim, tenho uma mania de escrever poemas para imortalizar alguns momentos importantes.

Uma coisa que faz melhor do que ninguém?
Imaginação ativa.

O que o/a fascina?
A consciência. A noção de que o momento presente é ridiculamente improvável e mais ainda é termos a possibilidade de ter consciência disso.

O que os outros gostam em si?
Da minha naturalidade na relação, da transparência. Dizem que tenho facilidade de ter uma relação significativa com o outro.

E o que odeiam?
Indecisões, querer fazer tudo de todas as maneiras (já dizia o poeta).

O que queria ser quando era pequeno?
Arqueólogo, astrofísico ou físico teórico.

Como foi a sua formação e porque escolheu essa área?
A minha formação decorreu toda no Ispa e foi extremamente gratificante, pelas aprendizagens, pelos professores, pelas amizades. Fui seguindo sempre o caminho que senti ser o mais próximo dos meus interesses mais profundos. Escolhi psicologia por ser fascinado pela mente humana e pelo cérebro, que aliás é o sistema mais complexo, misterioso e fascinante do universo conhecido.

Foi influenciado pelos seus pais ou familiares, nesta escolha?
Não fui. A minha família tem origens humildes. Os meus pais não estudaram. Sempre me incentivaram a estudar e a conjugar paixão com empregabilidade.

Como é que iniciou a sua carreira profissional, e como foi esta correndo?
Assim que terminei o mestrado em psicologia iniciei a minha carreira de investigação na área da psicologia da saúde num projeto liderado por professores meus (Cláudia Carvalho, Pedro Almeida e Maria João Gouveia) e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Sempre tive pessoas que me ajudaram a seguir caminho e que me deram oportunidades para crescer e aprender. Em 2015, a professora, Marta Marques, convidou-me para integrar um grupo de investigação na Faculdade de Motricidade Humana (FMH) que estava a implementar um projeto na área na qual eu tinha já trabalhado de promoção de comportamentos de saúde. Neste caso, o projeto tinha a inovação de usar dispositivos digitais integrados com uma aplicação de intervenção comportamental que seria desenhada pela nossa equipa. Foram anos muito gratificantes, aprendi muito e comecei a dar as primeiras aulas. Tive oportunidade de conhecer investigadores líderes nas nossas áreas de estudo e de participar nos congressos internacionais mais importantes. Considero-me uma pessoa de sorte e sou eternamente grato aos meus orientadores e à minha professora, e agora colega, Marta Marques. Depois de terminar o doutoramento em psicologia da saúde no Ispa voltei à FMH já como investigador pós-doutorado. No grupo de investigação que integro, neste momento, estudamos um tema inovador: o potencial transformador dos estados não-ordinários de consciência percebendo os seus efeitos na mudança comportamental em saúde. Também investigamos potenciais mecanismos psicológicos subjacentes a estas mudanças de estilo de vida, e que têm sido reportadas pelos utilizadores de substâncias psicadélicas, tanto em contexto clínico como em contexto naturalístico. Estes estados de consciência são profundos, mas transitórios, sendo atualmente sugerido na literatura que são experiências que abrem uma janela de oportunidade para a mudança de padrões rígidos tanto de pensamento como de comportamento, já que induzem uma maior flexibilidade psicológica e criatividade, um aumento da perceção de autoeficácia, de neuroplasticidade, e uma maior conexão ao outro que pode facilitar a relação terapêutica.

Como chegou ao Ispa?
Durante a minha primeira passagem pela FMH decidi avançar com o doutoramento em psicologia da saúde no Ispa. Enquanto estudava, fui estabelecendo contactos e divulgando o meu currículo, disponibilidade e interesse em lecionar, sendo que depois de algumas aulas pontuais surgiu, entretanto, a oportunidade de lecionar na disciplina de desenvolvimento de competências académicas, com dois antigos professores, Carlos Lopes e Miguel Tecedeiro. Foi, e tem sido um enorme privilégio e uma experiência muito gratificante passar aos nossos estudantes muitos dos conhecimentos e técnicas que uso no meu dia-a-dia enquanto investigador, e ter espaço (tempo) na Unidade Curricular (UC) para estimular o pensamento crítico.

Maior orgulho, em termos profissionais?
Ter conseguido atingir dois dos meus sonhos de criança, ser pago para aprender continuamente e descobrir coisas novas; e para as ensinar isso às gerações futuras.

Qual o maior obstáculo profissional que enfrentou?
A mudança de área de estudo. Há dois anos, passei a estudar um tema que nunca tinha ouvido falar: intervenções psicoterapêuticas assistidas por substâncias psicadélicas. Foi um processo difícil – mudar de especialização – tendo de redescobrir toda uma nova área de literatura científica totalmente fora da minha zona de conforto académico, tendo de ler sobre temas muito variados desde a neuropsicologia à psicologia transpessoal. Tem sido uma surpresa muito boa e gratificante. Ler os relatos destes pacientes e o impacto destas experiências em contexto terapêutico não pode deixar um psicólogo indiferente e sem curiosidade em saber mais sobre o assunto.

O que mais o motiva, profissionalmente?
Aprender sempre mais sobre os temas que me fascinam e conseguir passar esse conhecimento aos outros. Neste momento, passa por saber mais sobre os resultados disruptivos dos ensaios clínicos com psicoterapia assistida por psicadélicos para uma variada constelação de condições de saúde mental e comportamental, desde a depressão resistente à anorexia, passando pelas adições e até saúde física.

Se tivesse sido algo completamente diferente, o que teria sido?
Provavelmente, astrofísico.

Qual a melhor forma de conhecer e dar a conhecer?
Na interação com o outro, na partilha, na comunhão de sentimentos profundos. A arte é um catalisador, a poesia, a música, o cinema.

Tem sonhos?
Todos os dias. Mas como sonho de vida, contribuir para uma sociedade em que as crianças possam crescer sem pressões deformantes de uma sociedade que desvaloriza o que é intuitivamente humano na sua relação com a natureza, e que hipervaloriza o que é sucesso material e externo, desvinculado dessa essência pura de curiosidade permanente que vemos inicialmente em todas as crianças.

Gostava de voltar a estudar?
Nunca parei. Atualmente, com o acesso imediato a todo o conhecimento já produzido pela Humanidade, para uma mente curiosa, o estudo nunca termina.

Último livro que leu?
The undiscovered self, de Carl Gustav Jung – tive necessidade de procurar novos conhecimentos – que não acedi formalmente durante os meus quase 20 de formação e trabalho em psicologia – para poder enquadrar os relatos dos participantes dos estudos clínicos que utilizam psicoterapia assistida por psicadélicos clássicos.

Filme preferido?
Clube dos Poetas Mortos.

Música preferida?
Neste momento, I am Loving Awareness, de East Forest & Ram Dass.

Imagem preferida?
A fotografia do meu filho.

O que é ser do Ispa?
É viver em comunidade, é participar numa missão de transformação do mundo num lugar melhor, considerando o outro na sua plenitude, respeitando e celebrando a sua diferença. É ter como filosofia de vida dedicar-se e contribuir para que o outro se descubra e se desenvolva, realizando-se na sua essência.

A pergunta que gostava que lhe fizessem?
O que é que te fascina?


O hype da ciência comportamental

Artigo de opinião por Marta Marques

Nos últimos anos, tem-se assistido a uma proliferação da utilização das expressões “behaviour change” (mudança comportamental) e “behavioural science” (ciência comportamental). A que se deve este hype? Deve-se à constatação de que os desafios societais atuais têm em comum a necessidade de mudar comportamentos. As questões da emergência climática e a pandemia da COVID-19 vieram acentuar ainda mais a necessidade de compreender melhor e alterar com sucesso os comportamentos humanos necessários para a saúde e bem-estar individual, das populações, e do planeta. 

A importância da ciência comportamental para a promoção da saúde das populações e do planeta é tao notória que a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, recentemente, grupos técnicos e científicos de ciências comportamentais, para apoiar o desenvolvimento de políticas e programas de saúde a nível global, garantindo a sua qualidade e eficácia através da utilização de métodos sistematizados e teorias de mudança comportamental baseada na evidência. Em fevereiro de 2023, foi aprovada a primeira resolução da OMS nesta área  – Behavioural sciences for better health.

Continuar a ler

Sendo a ciência comportamental uma área científica multidisciplinar, com a psicologia como disciplina central, procura-se desenvolver e implementar intervenções que promovam comportamentos positivos sustentados a vários níveis (micro e macro). No âmbito da saúde, falamos por exemplo de intervenções para o aumento da atividade física, adesão à vacinação, melhoria no acesso a cuidados de saúde, prevenção e redução de consumos aditivos, ou autogestão das doenças crónicas.

Como é que a ciência comportamental responde a este hype? Décadas de investigação demonstraram que a promoção de comportamentos de saúde sustentados requer intervenções e estratégias que vão para além da tradicional “educação para a saúde”, requerendo uma compreensão integrada e aprofundada dos fatores que influenciam os comportamentos de saúde, considerando a sua complexidade e variabilidade para diferentes populações e seus contextos.

Pegando no exemplo da “educação” (por ex., dar informação sobre os benefícios de fazer atividade física), esta é uma estratégia que faz sentido ser implementada quando a principal barreira à adoção do comportamento está relacionada com o baixo conhecimento sobre esse mesmo comportamento e os seus benefícios. Mas existem outras barreiras que podem explicar a não adoção do comportamento, relacionadas com aspetos de capacidade física e psicológica, de motivação automática e reflexiva, e de oportunidade física e social (ver modelo COM-B). Para desenvolver estratégias de intervenção de promoção de comportamentos de saúde sustentados, que sejam precisas e adequadas para diferentes populações, comportamentos e contextos, temos de analisar a complexidade dos determinantes comportamentais.

Com vista ao desenvolvimento de intervenções de mudança comportamental precisas e baseadas na evidência, os cientistas do comportamento têm desenvolvido métodos para a sistematização de intervenções, métodos de classificação de intervenções, e teorias cada vez mais precisas para explicar a complexidade da mudança comportamental. Muito deste trabalho tem sido impulsionado pelo Centre for Behaviour Change da University College London.

Sendo uma área de investigação relativamente recente, a ciência comportamental tem como principal missão responder aos desafios societais utilizando métodos científicos apropriados para que este hype seja efetivamente uma esperança (hope) para o futuro.


Ispa atribui Doutoramento Honoris Causa a Grada Kilomba

O Ispa – Instituto Universitário atribuiu o título de Doutora Honoris Causa a Grada Kilomba, artista interdisciplinar reconhecida pelo seu trabalho de mérito. A artista e investigadora agradeceu a homenagem e sublinhou que o Ispa, onde se licenciou em Psicologia Clínica, “foi mesmo uma casa, um refúgio onde eu cresci intelectualmente e artisticamente”.

Continuar a ler

Foi perante a plateia do auditório Armando de Castro que Grada Kilomba recebeu da Reitora do Ispa, a Professora Doutora Isabel Leal, as insígnias.

A artista, Professora e investigadora portuguesa, com raízes em Angola e São Tomé e Príncipe, recebeu o Doutoramento Honoris Causa pelos seus relevantes trabalhos que, como salientou a presidente do Conselho Científico do Ispa, “procuram fazer-nos perceber que não podemos negar o nosso passado, devemos percebê-lo e assumi-lo como forma de descolonizar as nossas mentes, as mentes de todos/todas nós independentemente do nosso contexto social. Grada propõe-nos este caminho, aquele que nos abrirá as portas para o futuro.” Teresa Garcia-Marques frisou, ainda, que “vivemos num mundo que precisa de mudanças constantes. A Psicologia ajuda-nos a perceber não apenas como nos ancoramos no passado e resistimos à mudança como também necessitamos dela para libertarmos e abrirmos os nossos olhos. Grada Kilomba salienta como nos deixamos dominar pelo medo, ignorância e ódio, e alerta para a necessidade de transformação. A obra de Kilomba é assim um farol de esperança, um lembrete de que como indivíduos e sociedade podemos e devemos fazer melhor.”

“A arte está presente, também, na ciência”

Grada Kilomba subiu ao púlpito e foi com emoção que agradeceu a homenagem do Ispa, onde foi a estudante nº 6072. A Doutora sublinhou que o “Ispa foi mesmo uma casa, um refúgio onde eu cresci intelectualmente e artisticamente”. “Agradeço muito estar aqui e de ter este reconhecimento que eu sei que é um passo muito grande e um reconhecimento que é uma grande honra. Mas eu quero agradecer também a muita gente com quem eu trabalhei e com quem eu tive a honra de trabalhar e que estão aqui. Eu aprendi ao longo da minha carreira… Houve alguém que falou ‘eu acho que é preciso ter muita disciplina para transcender’ e eu acho que essa transcendência é fundamental porque ao longo do caminho nós encontramos muitas obstáculos e muitas portas que se fecham oficialmente, mas é muito importante ser visionária ir para além de, ir para além de quem nos pega e quem nos cerra o caminho e ter algo que é muito maior do que o ego muito maior do que o corpo muito maior do que a alma que é a visão. Eu acho que isso é a arte. A arte está presente em tudo, em tudo o que é criação. A arte está presente, também, na ciência. É preciso ser criativo para pensar em novos modelos de pensamento em novas perspetivas críticas, em novas metodologias, em novos paradigmas, em novas questões que não estavam lá antes. A criatividade é fundamental para imaginar um mundo maior. E isso foi o que eu aprendi, a ter essa disciplina de ser sempre muito otimista e de ir para além daquilo que me pega e que me prende. Imaginar o maior e depois aprendi uma lição muito grande que nós não podemos trabalhar com toda a gente nem devemos trabalhar com toda a gente. Devemos apenas trabalhar com as pessoas que entendem e que podem caminhar connosco e que entendem a nossa visão e o nosso pensamento crítico. Eu acho que isso foi uma das coisas mais lindas que eu aprendi a não trabalhar com toda a gente, mas trabalhar com as pessoas que eu amo e que me amam também e que veem às vezes o que eu ainda não consigo ver. Então eu tive muita gente, que está aqui presente, com quem eu trabalhei e desenvolvi ideias. Creio que eu não poderia ser quem eu sou se não tivesse essas pessoas a acompanharem o meu caminho”, concluiu.

Veja a galeria de fotografias aqui 

Pode visionar toda a cerimónia aqui


ARTIGOS PUBLICADOS

Conheça os últimos artigos publicados.

Continuar a ler

Akinrinade, I., Kareklas, K., Teles, M. C., Reis, T. K., Oliveira, R. F., Gliksberg, M., Levkowitz, G., & Petri, G. (2023). Evolutionarily conserved role of oxytocin in social fear contagion in zebrafish. Science379(6638), 1232–1237. https://doi.org/10.1126/science.abq5158

Almeida, O., Félix, A. S., & Oliveira, R. F. (2023). Interaction between vasotocin and gonadal hormones in the regulation of reproductive behavior in a cichlid fish. Acta Ethologica26(1), 31–43. https://doi.org/10.1007/s10211-022-00404-2

Beal, M., Catry, P., Phillips, R. A., Oppel, S., Arnould, J. P. Y., Bogdanova, M. I., Bolton, M., Carneiro, A. P. B., Clatterbuck, C., Conners, M., Daunt, F., Delord, K., Elliott, K., Fromant, A., Granadeiro, J. P., Green, J. A., Halsey, L. G., Hamer, K. C., Ito, M., … Dias, M. P. (2023). Corrigendum to “Quantifying annual spatial consistency in chick-rearing seabirds to inform important site identification” [Biol. Conserv. 281 (2023) 109994]. Biological Conservation281. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2023.110025

Carneiro, F. A., Costa, P. A., & Leal, I. (2023). Construct-related validity of the strengths and difficulties questionnaires with three and five dimensions: A multitrait-multimethod analysis. Clinical Child Psychology and Psychiatry, https://doi.org/10.1177/13591045231168703

Chong, Y. Y., Chien, W. T., Cheng, H. Y., Lamnisos, D., Ļubenko, J., Presti, G., . . . Karekla, M. (2023). Predictors of changing patterns of adherence to containment measures during the early stage of COVID-19 pandemic: An international longitudinal study. Globalization and Health, 19(1), 25. https://doi.org/10.1186/ HYPERLINK “https://doi.org/10.1186/s12992-023-00928-7″s12992-023-00928-7

Costa, A. B., Correia, M., Silva, G., Lopes, A. F., & Faria, A. M. (2023). Performance of the long-snouted seahorse, hippocampus guttulatus, under warming conditions. Frontiers in Marine Science, 10 https://doi.org/10.3389/fmars.2023.1136748

D’Aniello, B., Pinelli, C., Scandurra, A. et al. When are puppies receptive to emotion-induced human chemosignals? The cases of fear and happiness.. Animal Cognition. https://doi.org/10.1007/s10071-023-01771-4

da Silva, A. N., Faustino, B., Roberto, M. S., Matos, M., & Neto, D. D. (2023). Rethinking Leahy’s Emotional Schema Scale (LESS): Results from the Portuguese Adaptation of the LESS. Journal of Rational – Emotive and Cognitive – Behavior Therapy41(1), 95–114. https://doi.org/10.1007/s10942-022-00453-3

Diniz, E., Brandão, T., & Veríssimo, M. (2023). Father involvement during early childhood: A systematic review of qualitative studies. Family Relations. https://doi.org/10.1111/fare.12858

Fernandes, C., Santos, A. F., Fernandes, M., Veríssimo, M., & Martins, F. (2023). Complementary feeding methods: Associations with feeding and emotional responsiveness. Children10(3). https://doi.org/10.3390/children10030464

Gouveia-Pereira, M., Silva, S., & Duarte, E. (2023). Adolescents’ perceptions about non-suicidal self-injury, suicidal ideation and suicide attempts. European Journal of Mental Health, 18(4), 1–11. https://doi.org/10.5708/EJMH.18.2023.0004

Huang, C., Donk, M., & Theeuwes, J. (2023). Attentional suppression is in place before display onset. Attention, Perception, and Psychophysics. https://doi.org/10.3758/s13414-023-02704-6

Junça-Silva, A., & Caetano, A. (2023). How followers’ neuroticism buffers the role of the leader in their daily mental health via daily positive affect: A multilevel approach. Personality and Individual Differences208. https://doi.org/10.1016/j.paid.2023.112190

Kuepfer, A., Brickle, P., Bearhop, S., Sherley, R. B., Bell, O., Arkhipkin, A., Catry, P., Newton, J., & Votier, S. C. (2023). Inter-colony and inter-annual variation in discard use by albatross chicks revealed using isotopes and regurgitates. Marine Biology170(4). https://doi.org/10.1007/s00227-023-04191-7

Maciel, L., Gomis-Pomares, A., Day, C., & Basto-Pereira, M. (2023). Cross-cultural adaptability of parenting interventions designed for childhood behavior problems: A meta-analysis. Clinical Psychology Review102. https://doi.org/10.1016/j.cpr.2023.102274

Maunula, M., Harju-Luukkainen, H., Maunumäki, M., & Marôco, J. (2023). Developing students well-being and engagement in higher education during covid-19: A case study of web-based learning in finland. Sustainability (Switzerland)15(4). https://doi.org/10.3390/su15043838

Oliveira, G. A., Garcia-Marques, T., & Remondes, M. (2023). Easy to process, hard to control: Transient and sustained processing fluency impairs cognitive control adjustments to conflict. Quarterly Journal of Experimental Psychology.11(1). https://doi.org/10.1177/17470218231159787

Órfão, I., Carvalho, C., Vicente, L., Varela, S. A. M., Rodrigues, I., Ascensão, L., Pedaccini, M., & Barbosa, M. (2023). The role of intrasexual competition on the evolution of male-male courtship display: A systematic review. PeerJ11. https://doi.org/10.7717/peerj.14638

Pestana, S. C. C., Peixoto, F., & Rosado Pinto, P. (2023). Academic achievement and intrinsic motivation in higher education students: An analysis of the impact of using concept maps. Journal of Applied Research in Higher Education15(3), 663–680. https://doi.org/10.1108/JARHE-09-2021-0352

Pinelli, C., Scandurra, A., Di Lucrezia, A., D, A. B., Aria, M., & Semin, G. R. (2023). Puppies in the problem-solving paradigm: quick males and social females. Animal Cognition26(3), 791–797. https://doi.org/10.1007/s10071-022-01714-5

Ribeiro, C., & Pereira, H. (2023). The impacts of alexithymia and sexual distress on sexual functioning among Portuguese women. European Journal of Mental Health18. https://doi.org/10.5708/EJMH.18.2023.000 HYPERLINK “https://doi.org/10.5708/EJMH.18.2023.0002″2

Ribeiro, O., Freitas, M., Rubin, K. H., & Santos, A. J. (2023). Loneliness profiles in adolescence: associations with sex and social adjustment to the peer group. Journal of Child & Family Studies32(4), 1204–1217. https://doi.org/10.1007/s10826-022-02472-1

Santos, J. M., Barata, M., Rathenau, S., Amaro, I., Vaz, A., Sousa, D., Severino, M., & Taveira, M. (2023). Development and validation of the facilitative interpersonal skills scale for clients. Journal of Clinical Psychology79(4), 1166–1177. https://doi.org/10.1002/jclp.23469

Santos, N. N., Monteiro, V., & Carvalho, C. (2023). Impact of grade retention and school engagement on student intentions to enrol in higher education in Portugal. European Journal of Education58(1), 130–150. https://doi.org/10.1111/ejed.12535

Saraiva, M., Albuquerque, P. B., & Garrido, M. V. (2023). Collaborative inhibition effect: the role of memory task and retrieval method. Psychological Research. https://doi.org/10.1007/s00426-023-01821-z

She, L., Khoshnavay Fomani, F., Marôco, J., Allen, K.-A., Sharif Nia, H., & Rahmatpour, P. (2023). Psychometric properties of the university student engagement inventory among Chinese students. Asian Association of Open Universities Journal. https://doi.org/10.1108/AAOUJ-08-2022-0111

Teodoro, M. C., Neufeld, C. B., Conceição, E. M., de Lourdes, M., & Sinval, J. (2023). Adaptation, confirmatory factor analysis, and psychometric properties of the Brazilian version of the Repetitive Eating Questionnaire. International Journal of Eating Disorders. https://doi.org/10.1002/eat.23943

van IJzendoorn, M. H., & Bakermans-Kranenburg, M. J. (2023). Innovations in attachment-based interventions in pandemic times: Feasibility of online attachment-based interventions. Attachment and Human Development, 25(2), 219-222. https://doi.org/10.1080/14616734.2023.2179576

van Ijzendoorn, M. H., Bakermans-Kranenburg, M. J., & Stevens, E. (2023). Development of the virtual-VIPP and a systematic review of online support for families during the COVID-19 pandemic. Attachment and Human Development25(2), 223–239. https://doi.org/10.1080/14616734.2023.2179575

van Moorselaar, D., & Theeuwes, J. (2023). Statistical learning within objects. Psychological Science. https://doi.org/10.1177/09567976231154804

Ventura, F., Stanworth, A., Crofts, S., Kuepfer, A., & Catry, P. (2023). Local-scale impacts of extreme events drive demographic asynchrony in neighbouring top predator populations. Biology Letters19(2). https://doi.org/10.1098/rsbl.2022.0408

Visalli, F., Chamberlain, D., De Pascalis, F., Morinay, J., Imperio, S., Cecere, J. G., Rubolini, D., Campioni, L., Catoni, C., Benvenuti, A., Maggini, I., Gaibani, G., Pellegrino, I., & Ilahiane, L. (2023). Size-assortative mating in a long-lived monogamous seabird. Journal of Ornithology. https://doi.org/10.1007/s10336-023-02063-x

von Humboldt, S., Ribeiro-Gonçalves, J. A., Leal, I., & Low, G. (2023). Psychotherapy in old age: Older adults’ sexual distress concerning their sexual well-being. Educational Gerontology49(4), 263–277. https://doi.org/10.1080/03601277.2022.2107842

Fonte: Centro de Documentação do Ispa | SCOPUS

Palestra Decision-making, temporal discounting and mental health – Giorgia Committeri

Inserida no Ciclo de de Conferências do Ispa, a palestra de Giorgia Committeri – Decision-making, temporal discounting and mental health debruça-se sobre o fenómeno conhecido como Desconto Temporal.

05 de maio | 14h30 | Sala de Atos do Ispa- Instituto Universitário
Entrada livre.

Mais informações »


Palestra DECODING DATA: O que têm em comum o Prince Charles e o Ozzy Osborne? – Sónia Frazão

Nesta quinta edição do Ciclo de Conferências | As novas profissões em Ciências Cognitivas e do Comportamento recebemos Sónia Frazão, Head of Enterprise Design na Axians Portugal, com a palestra intitulada DECODING DATA: O que têm em comum o Prince Charles e o Ozzy Osborne?

10 de maio | 17h30 | Sala de Atos do Ispa – Instituto Universitário e Zoom
A sessão será transmitida, também, online.

Mais informações »


Fórum “Novos desafios à Psicologia: investigação, ensino, intervenção”

Promover o debate em torno dos novos desafios que se colocam à psicologia. Esse é o principal objetivo do Fórum “Novos desafios à Psicologia: investigação, ensino, Intervenção” que decorre no Ispa, no dia 19 de maio. O evento tem como participantes docentes do Ispa, os seus Alumni, docentes de outras Universidades e especialistas de diferentes instituições nacionais.

19 de maio | 17h30 | Auditório Armando de Castro do Ispa – Instituto Universitário
Inscrição obrigatória.

Mais informações »


Psicofarmacologia Para Psicólogos

Este curso destina-se a psicólogos que desejem conhecer melhor o uso de psicofármacos em várias situações clínicas ao longo do ciclo de vida, as suas implicações para as provas de avaliação psicológica e compreender como prevenir problemas de automedicação e adesão terapêutica. 

Simultaneamente, pretende-se promover uma reflexão crítica sobre a banalização dos psicofármacos, o seu uso abusivo e o fenómeno de medicalização-psiquiatrização da existência humana.

Mais informações »


Discalculia. Avaliação e Intervenção Precoce

Esta formação visa capacitar técnicos que trabalham com crianças para a compreensão do que é a Discalculia, quais os seus critérios diagnósticos e como identificar e reconhecer crianças em risco. 

Com uma forte componente prática e focada no “saber fazer” esta formação pretende também preparar os formandos para a intervenção nos diferentes graus das Dificuldades e Perturbações da Aprendizagem Específica da Matemática.

Mais informações »


Psychotherapist Self-Care: Now More Than Ever

Workshop Online
E quanto a si, o psicoterapeuta?

A condução do tratamento psicológico coloca encargos adicionais, especiais no terapeuta.
Este workshop coloca em prática a máxima socrática “conheça-se a si mesmo” e “cure-se a si mesmo” e vai centrar-se em 13 estratégias de autocuidado baseadas em pesquisas e recomendações, clinicamente testadas.
Junte-se a nós e participe neste workshop com palestras focadas, demonstrações em grupo, ensaios de pensamento e discussões interativas.
Psychotherapist Self-Care tem como objetivos garantir pelo menos 6 estratégias de autocuidado apoiadas por pesquisa empírica, identificar o imperativo ético do autocuidado, revigorar o psicoterapeuta e fornecer um plano de ação individualizado.

Mais informações »


Daniel Sousa no Diário de Notícias

Pedro Alexandre Costa no Diário de Notícias

Manuel Eduardo dos Santos na Visão

Paulo Catry na RTP Madeira

Teresa Garcia-Marques no Publico

Marian J. Bakermans-Kranenburg no Publico

Ana Cristina Silva no Diário de Notícias

Serviço de Candidaturas & Atendimento Académico tem como objetivo um contacto mais próximo e facilitado com os seus estudantes e candidatos, gerindo vários canais de atendimento, nomeadamente atendimento remoto.

Podem contactar-nos através de:
candidaturas@ispa.pt | sa@ispa.pt
Linha Azul Candidaturas 808 101 717
Atendimento +351 218 811 700 (opção 1 e 2)
Segunda a sexta-feira 09h00 às 13h00 e 14h30 às 18h00
WhatsApp 910 873 413


Quer receber novidades do Ispa no seu email? Subscreva aqui a nossa Newsletter.


Ispa N1 Minuto # 27
Ispa N1 Minuto # 26
Ispa N1 Minuto # 25
Ispa N1 Minuto # 24
Ispa N1 Minuto # 23
Ispa N1 Minuto # 22
Ispa N1 Minuto # 21
Ispa N1 Minuto # 20
Ispa N1 Minuto # 19
Ispa N1 Minuto # 18
Ispa N1 Minuto # 17
Ispa N1 Minuto # 16
Ispa N1 Minuto # 15
Ispa N1 Minuto # 14
Ispa N1 Minuto # 13
Ispa N1 Minuto # 12
Ispa N1 Minuto # 11
Ispa N1 Minuto # 10
Ispa N1 Minuto # 9
Ispa N1 Minuto # 8
Ispa N1 Minuto # 7
Ispa N1 Minuto # 6
Ispa N1 Minuto # 5
Ispa N1 Minuto # 4
Ispa N1 Minuto # 3
Ispa N1 Minuto Edição Especial de Natal
Ispa N1 Minuto # 2
Ispa N1 Minuto # 1