Ispa N1 Minuto | Newsletter #26 – fevereiro 2023

Nem só de Psicologia vive o Ispa!

Uma experiência habitual das dezenas de biólogos que trabalham no Ispa (entre docentes, investigadores, bolseiros, técnicos e estudantes) é a pergunta sacramental dos amigos: “Então também há Biologia no Ispa? Pensava que era só uma faculdade de Psicologia.”

Lá explicamos que sim, senhor, o Ispa é constituído, hoje, por três Escolas, sendo os cursos de Psicologia evidentemente mais conhecidos. No entanto, agora temos, além da Escola de Psicologia e Ciências do Comportamento e Ciências do Comportamento, a Escola de Educação e a Escola de Biociências, com diversos cursos de Biologia ao nível de licenciatura, mestrado, doutoramento e pós-graduações.

A Biologia no Ispa é prestigiada não apenas pelos cursos que temos (todos bem avaliados pela tutela), mas também pela investigação científica, nomeadamente na Biologia do Comportamento, nas Neurociências e na Biologia Marinha. O que nos faz sentido para o futuro, para além do desenvolvimento especializado destas áreas, é aprofundar o diálogo e as sinergias entre a Biologia, as Neurociências, a Psicologia e a Educação.

Votos de bom semestre para todos!

Manuel Eduardo dos Santos
Diretor da Escola de Biociências do Ispa – Instituto Universitário

Ana Martins Pereira é professora de Biologia e investigadora do MARE e do laboratório associado ARNET – Aquatic Research NETwork. Atualmente é Diretora da Licenciatura em Biologia do Ispa – Instituto Universitário

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Nome completo:
Ana Martins Pereira.

Idade:
44 anos.

Situação familiar:
Casada, com dois filhos.

Local de nascimento?
Lisboa.

Foi aí que cresceu?
Sim.

Como foi a sua formação e porque escolheu esta área?
Fiz a licenciatura em Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). No final da licenciatura fiz um estágio sobre comportamento de solhas, orientado pelo Prof. Vítor Almada e pelo Prof. Henrique Cabral. Já me interessava bastante por comportamento animal, e na altura achei que queria saber mais sobre esse tema. Vim para o Ispa fazer o mestrado em Etologia e quando estava a fazer a tese, o Prof. Vítor convidou-me a dar aulas numa das disciplinas que coordenava. Fiquei no Ispa desde essa altura. Depois do Mestrado comecei o doutoramento, sobre filogeografia de lampreias, também com orientação do Prof. Vítor e coorientado pelo professor João Coimbra, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no Porto.

Como iniciou a carreira profissional?
O meu percurso profissional foi muito marcado pela influência do Prof. Vítor Almada. Já o conhecia desde a infância, por ser amigo próximo dos meus pais e por eu ser muito amiga da sua filha mais velha. A quantidade de animais que ele tinha em casa e a importância central que tinham na sua vida fascinava-me muito. Acabei por circular muito entre os seus aquários, gatos, furões e aves múltiplas. Em minha casa, a partir da adolescência, comecei também a viver no meio de aquários e diversos animais, transformando o meu quarto num pequeno jardim zoológico. Já adulta, continuei a ter imensos animais em casa, até que nasceram os meus filhos. Nessa altura, o número de animais começou a reduzir-se.

Como surgiu a investigação na sua vida?
Em termos de investigação comecei a estudar comportamento animal (de solhas, inicialmente, e depois de peixes nativos de água doce), depois passei para filogeografia de lampreias, e mais recentemente comecei a trabalhar com anémonas-do-mar. Uma das características que mais gosto na Biologia e na investigação é a prevalência no estado adulto da importância da curiosidade e da descoberta. São traços fundamentais nesta profissão. Foi nesse quadro que mudei de foco de investigação para as anémonas-do-mar, na sequência de umas experiências feitas com alunos da licenciatura em Biologia que suscitaram mais perguntas do que geraram respostas.

Como é o seu dia-a-dia no Ispa?
No Ispa, gosto sobretudo de trabalhar com alunos, em particular no quadro das aulas da licenciatura em Biologia. É, também, muito recompensador trabalhar no meu grupo de investigação (coordenado pela Profª. Joana Robalo), que se caracteriza pela cooperação, pela entreajuda, pelo respeito mútuo e pela complementaridade. Somos vários professores, investigadores e bolseiros. Todos juntos, crescemos nos últimos anos, e espero que possamos continuar a fazê-lo.

O que é o Ispa para si?
O Ispa começou por ser para mim a escola em que descobri o fascínio do comportamento animal. Mais tarde, foi onde realizei os meus trabalhos de doutoramento e onde encontrei um grupo de trabalho caracterizado pela cooperação, pela entreajuda, pelo respeito mútuo e pela complementaridade. No Ispa desenvolvi trabalhos com muitos alunos, cultivando a importância da curiosidade, da observação e foi este contexto, no quadro das interações com o meu grupo de trabalho e com os meus alunos, que permitiu o meu percurso científico e profissional. Para mim, o Ispa são estas pessoas, que penso que são fundamentais para o desenvolvimento desta instituição como escola de conhecimento.

Tem algum passatempo?
Nos tempos livres, gosto muito de viajar, de ouvir música e, acima de tudo, de ler.

Livro de eleição?
Não tenho nenhum livro favorito, mas tenho vários autores de que gosto muito: Amin Maalouf, Naguib Mahfouz, Pepetela.

Qual é a sua música preferida?
Em relação a música, o mesmo se passa: gosto muito de Chico Buarque, de Fausto Bordalo Dias, de Bill Evans. Se tivesse de escolher uma música, escolheria a versão de Blackbird, do Brad Mehldau, que faz qualquer pessoa sonhar.


Ler ou não ler!  Eis uma questão sobre a qual é importante refletir.

Artigo de opinião por Ana Cristina Silva

Ana Cristina Silva é professora, investigadora do Ispa – Instituto Universitário e escritora. Publicou 15 romances, com várias nomeações para prémios, tendo vencido o Prémio Urbano Tavares Rodrigues com o romance O rei do Monte Brasil e o Prémio Fernando Namora com o romance a Noite não Eterna. A sua última obra, À procura da Manhã Clara, foi publicada no ano passado e baseia-se na história de Annie Silva Pais, a filha do último diretor da PIDE.
Ana Cristina Silva tem ainda como principais interesses de investigação: aquisições precoces da linguagem escrita, ortografia e produção textual.

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Há meses, os jornais portugueses fizeram machetes sobre a ausência de hábitos de leitura dos portugueses. Um estudo encomendado pela Fundação Gulbenkian demonstrava que apenas 39% da população tinha lido pelo menos um livro e 27% destes eram pequenos leitores com um máximo de 5 livros lidos num ano. O eco da dramática manchete estendeu-se durante uma semana pelos ouvidos dos leitores de jornais e, depois, como é habitual nestas coisas, foi-se esbatendo sendo substituído pela sonoridade de um outro escândalo igualmente veemente. O estudo revela que muitos dos não leitores têm ambientes de literacia familiar relativamente pobres – na linha do que algumas investigações feitas pela Prof.ª. Lourdes Mata do ISPA têm demonstrado. Curiosamente apresenta ainda um outro dado digno de registo: apenas 12 % dos leitores com habilitações de nível superior leem por prazer, o que significa que, para estes, a leitura de ficção e de poesia não faz parte do seu cardápio habitual de leitura.

A relevância da leitura de romances e poesia tem sido objeto, em anos, recentes de diversas investigações no domínio da psicologia com estudos que abordam o seu efeito ao nível do bem-estar emocional, com estudos que avaliam o impacto da ficção e da poesia como recurso de terapias, com estudos que avaliam o impacto da literatura infantil no desenvolvimento de competências emocionais, verbais e cognitivas em crianças, etc. Em diversos países são proporcionados aos alunos de psicologia, de medicina, de sociologia, etc. cadeiras opcionais de escrita criativa e poesia, não com o objetivo de criar grandes analistas literários, mas como uma estratégia para promover nos alunos o contacto com as suas emoções e as dos outros. É de assinalar, por exemplo, que uma das faculdades de medicina do Porto tem uma cadeira opcional de Poesia ministrada por um médico que é igualmente um poeta de renome, tendo sido aliás o último Prémio Pessoa. O Prémio Nobel da Literatura Elias Canetti afirmou que “Não temos conhecimento daquilo que sentimos, sendo necessário que o vejamos nos outros para o reconhecermos” e a literatura pode ser um dos meios possíveis para despoletar esse tipo de autoconhecimento.

A narrativa e a ficção são elementos que fazem parte da natureza humana e isso é um dado que a psicologia tem repetidamente demonstrado. Por exemplo o desenvolvimento socioemocional das crianças está associado de perto à capacidade de aprenderem a narrar-se; a memória individual em relação ao passado tem frequentemente componentes ficcionais. A narrativa e a metáfora são recurso e asas para a terapia. No entanto, a literatura vai mais fundo na arte da narrativa procurando ir além do efémero, desvendando com as suas histórias individuais a dor que faz parte de todo e qualquer ser humano. Como refere Joyce Carol Oates, os escritores esforçam-se por, a partir do que lhe é próximo e da sua voz individual, chegar à voz comum, criando dessa maneira uma inesperada intimidade com os leitores. E a criatividade literária busca tantas vezes o processo alquímico de transformar sofrimento em beleza.

A literatura pelos recursos linguísticos e narrativos que mobiliza e que fazem parte do processo de criar uma obra de arte permite que a dimensão emocional e cognitiva seja simultaneamente tocada no decurso da leitura e desse modo, poderá conduzir o leitor a entrar em contacto de uma forma mais profunda com as suas emoções e as dos outros. «Aprendi com a primavera a deixar-me cortar e a voltar sempre em inteira» diz Cecília Meireles num dos seus poemas, estendendo deste modo a mão ao processo de renovação tão necessário num processo terapêutico. Joan Didion escreve no seu célebre romance, «O ano do pensamento do pensamento mágico»: “O sofrimento do luto é assim: um longo corredor que não é possível passar a correr”, tateando com esta imagem o coração de muitos leitores em processo de luto. Pretendo com estes exemplos, e poderia ir buscar muitos mais, demonstrar como a literatura é capaz de tocar a duas mãos nas emoções e cognições; e com este, texto apelar aos futuros psicólogos, futuros docentes, futuros biólogos – e provavelmente a muitos dos seus professores – para lerem boa literatura pois o nosso ramo de negócio, como se diz nos tempos atuais, é a alma humana e para qual precisamos de abrir todos os horizontes possíveis.


Mudam-se os tempos… e as lezírias e o rio

No passado dia 21 de janeiro tive a sorte de guiar uma visita, organizada pelo dinâmico NEBIspa – Núcleo de Estudantes de Biologia do Ispa, ao estuário do Tejo e lezírias adjacentes.
Como seria esta imensa várzea, entre Tejo e Sorraia, há uns séculos? Com cheias anuais, certamente, pouco se sabe do que se perdeu. Imagino vastos pauis cobertos de lírios amarelos, ranúnculos brancos, salgueiros, espadanas ondulantes ao vento. No século XIX ainda aqui criavam grous, pardilheiras e outras aves mágicas já desaparecidas.

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Ao longo dos tempos foram-se erguendo taludes e escavando valas de drenagem. As terras separadas do rio enxugaram, mesmo se ainda alagassem em tempos de fortes chuvadas.

Há 30 anos, lembro-me que eram aqui comuns tartaranhões-caçadores e sisões (quase desaparecidos de todo o Sul, resultado da intensificação agrícola), tarambolas-douradas (chegam agora menos, o “aquecimento” deixa-as mais a norte), calhandras…

Nos últimos 20 anos, das pastagens e campos de girassol fizeram-se arrozais a perder de vista. Coisas dos mercados dos produtos agrícolas; voltaram a ver-se espelhos de água na lezíria. Com isto e com vários esforços de conservação, cada vez há mais aves aquáticas, apesar dos pesticidas usados no arroz. Também ajudou o lagostim, espécie invasora com fortes impactos negativos (nos anfíbios, por exemplo) mas com o qual tantas aves se deliciam.

Há 30 anos, vimos uma íbis-preta e andámos meses a falar naquilo: agora vemo-las aos bandos de mil. E os patos? Hoje encontramos incontáveis trombeteiros, marrequinhas, arrabios. Cada vez há mais corvos-marinhos a pescar no rio.

Na vasa estuarina alimentam-se limícolas vindas de sítios tão distantes quanto a Sibéria, o Canadá, a maior parte dos países europeus, ou a costa de África até à Namíbia.

Para além da malta do NEBIspa, na lezíria circulam outros observadores de aves, fotógrafos, ciclistas – há 30 anos não havia nem um. Mudaram-se os tempos e as vontades, os lazeres, mudaram-se os cultivos e a paisagem, e as aves de cá e as de arribação.

Monitorizar estas mudanças é importante. Ao longo das últimas décadas são cada vez mais e melhores os programas de monitorização que permitem aferir das mudanças ambientais, nomeadamente a evolução e o estado das nossas aves. O Ispa tem dado uma importante contribuição para esta monitorização, por exemplo, com o Projeto Arenaria (um projeto de ciência cidadã) entre outros.

O estuário e o mundo vão continuar a mudar. As perspetivas não são boas, mas a vitalidade da vida é sempre surpreendente. Talvez estes futuros biólogos do Ispa deem uma ajudinha na monitorização e na conservação. Quem dera ver o estuário daqui a outros 30 anos e encontrar as lezírias cheias de aves de fazer sonhar com viagens e terras de além-mar.

Paulo Catry
Biólogo, professor e investigador do Ispa – Instituto Universitário


ARTIGOS PUBLICADOS

Conheça os últimos artigos publicados.

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Alcañiz, M., Giglioli, I. A. C., Carrasco-Ribelles, L. A., Minissi, M. E., López, C. G., & Semin, G. R. (2023). How priming with body odors affects decision speeds in consumer behavior. Scientific Reports, 13(1) https://doi.org/10.1038/s41598-023-27643-y

Almeida, S., Camacho, M., Barahona-Corrêa, J. B., Oliveira, J., Lemos, R., da Silva, D. R., . . . Oliveira-Maia, A. J. (2023). Criterion and construct validity of the beck depression inventory (BDI-II) to measure depression in patients with cancer: The contribution of somatic items. International Journal of Clinical and Health Psychology, 23(2) https://doi.org/10.1016/j.ijchp.2022.100350

Almeida, S., Rodrigues da Silva, D., Frasquilho, D., Costa, B., Sousa, B., Mourinho Baptista, T., . . . Oliveira-Maia, A. J. (2023). Cross-cultural adaptation and psychometric evaluation of the portuguese version of the family resilience questionnaire – short form (FaRE-SF-P) in women with breast cancer. Frontiers in Psychology, 13 https://doi.org/10.3389/fpsyg.2022.1022399

Baltazar-Soares, M., Lima, A. R. A., Silva, G., & Gaget, E. (2023). Towards a unified eco-evolutionary framework for fisheries management: Coupling advances in next-generation sequencing with species distribution modelling. Frontiers in Marine Science, 9 https://doi.org/10.3389/fmars.2022.1014361

Brandão, T., Brites, R., Hipólito, J., & Nunes, O. (2023). Attachment orientations, emotion goals, and emotion regulation. Personality and Individual Differences, 204 https://doi.org/10.1016/j.paid.2022.112059

Camacho, A., Alves, R. A., Silva, M., Ferreira, P., Correia, N., & Daniel, J. R. (2023). The impact of combining SRSD instruction with a brief growth mindset intervention on sixth graders’ writing motivation and performance. Contemporary Educational Psychology, 72 https://doi.org/10.1016/j.cedpsych.2022.102127

Coelho, M. A. G., Pearson, G. A., Boavida, J. R. H., Paulo, D., Aurelle, D., Arnaud-Haond, S., . . . Ledoux, J. -. (2023). Not out of the mediterranean: Atlantic populations of the gorgonian paramuricea clavata are a separate sister species under further lineage diversification. Ecology and Evolution, 13(1) https://doi.org/10.1002/ece3.9740

Cunha, O., Caridade, S., de Castro Rodrigues, A., Cruz, A. R., & Peixoto, M. M. (2023). Perpetration of intimate partner violence and COVID-19-related anxiety during the second lockdown in portugal: The mediating role of anxiety, depression, and stress. Journal of Family Violence, https://doi.org/10.1007/s10896-023-00498-7

Dambrun, M., Bonetto, E., Motak, L., Baker, J. S., Bagheri, R., Saadaoui, F., . . . Kulik, K. (2023). Perceived discrimination based on the symptoms of covid-19, mental health, and emotional responses–the international online COVISTRESS survey. PLoS ONE, 18(1) https://doi.org/10.1371/journal.pone.0279180

Encantado, J., Marques, M. M., Gouveia, M. J., Santos, I., Sánchez-Oliva, D., O’Driscoll, R., . . . Palmeira, A. L. (2023). Testing motivational and self-regulatory mechanisms of action on device-measured physical activity in the context of a weight loss maintenance digital intervention: A secondary analysis of the NoHoW trial. Psychology of Sport and Exercise, 64 https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2022.102314

Foroni, F., Marmolejo-Ramos, F., Wilcox, R., de Bastiani, F., & Semin, G. R. (2023). A multi-analyses approach of inductive/deductive asymmetry in the affective priming paradigm. British Journal of Psychology, https://doi.org/10.1111/bjop.12634

Garcia-Marques, T., & Fernandes, A. (2023). How does the presence of others influence control inhibition? contradictory evidence using an antisaccade and stop signal task. Psychological Reports, https://doi.org/10.1177/00332941231153328

Garrido, M. V., Farias, A. R., Horchak, O. V., & Semin, G. R. (2023). The spatial grounding of politics. Psychological Research, 87(1), 84-95. https://doi.org/10.1007/s00426-022-01654-2

Gaspar, R., Domingos, S., Toscano, H., Filipe, J., Leiras, G., Raposo, B., . . . Arriaga, M. T. D. (2023). Crises social sensing: Longitudinal monitoring of social perceptions of systemic risk during public health crisis. Journal of Risk Research, https://doi.org/10.1080/13669877.2023.2170450

Greenwood, R. M., O’Shaughnessy, B. R., Manning, R. M., Vargas Moniz, M. J., Sacchetto, B., Ornelas, J., . . . Tinland, A. (2023). Psychometric properties of the measure of achieved capabilities in homeless services. BMC Public Health, 23(1) https://doi.org/10.1186/s12889-022-14755-9

Guilherme, J. L., Jones, V. R., Catry, I., Beal, M., Dias, M. P., Oppel, S., . . . Rodrigues, A. S. L. (2023). Connectivity between countries established by landbirds and raptors migrating along the African–Eurasian flyway. Conservation Biology, 37(1) https://doi.org/10.1111/cobi.14002

Leitão, M., Hartmann-Boyce, J., Pérez-López, F. R., Marôco, J., & Pimenta, F. (2023). Weight management strategies in middle-aged women (MAW): Development and validation of a questionnaire based on the oxford food and activity behaviors taxonomy (OxFAB-MAW) in a portuguese sample. Frontiers in Psychology, 13 https://doi.org/10.3389/fpsyg.2022.1069775

Lopes, S., Dias, P. C., Sabino, A., Cesário, F., & Peixoto, R. (2023). Employees’ fit to telework and work well-being: (in)voluntariness in telework as a mediating variable? Employee Relations, 45(1), 257-274. https://doi.org/10.1108/ER-10-2021-0441

Mares, I., Ewing, L., Papasavva, M., Ducrocq, E., Smith, F. W., & Smith, M. L. (2023). Face recognition ability is manifest in early dynamic decoding of face-orientation selectivity—Evidence from multi-variate pattern analysis of the neural response. Cortex, 159, 299-312. https://doi.org/10.1016/j.cortex.2022.11.004

Martins, P., Nascimento, G., & Moreira, A. (2023). Leadership and turnover intentions in a public hospital: The mediating effect of organisational commitment and moderating effect by activity department. Administrative Sciences, 13(1) https://doi.org/10.3390/admsci13010018

Matos, L., Indart, M. J., Park, C. L., & Leal, I. (2023). “I’m going to tell you something I never told anyone”: Ethics- and trauma-informed challenges of implementing a research protocol with syrian refugees. International Journal of Environmental Research and Public Health, 20(2) https://doi.org/10.3390/ijerph20021261

Morera-Pujol, V., Catry, P., Magalhães, M., Péron, C., Reyes-González, J. M., Granadeiro, J. P., . . . Ramos, R. (2023). Methods to detect spatial biases in tracking studies caused by differential representativeness of individuals, populations and time. Diversity and Distributions, 29(1), 19-38. https://doi.org/10.1111/ddi.13642

Neto, D. D., Figueiras, M. J., & Sebastião, R. (2023). Corrigendum: Representations of depression and schizophrenia in the community: The role of illness and risk perceptions on help-seeking intentions. Frontiers in Psychology, 13 https://doi.org/10.3389/fpsyg.2022.1127367

Salas-Rodríguez, J., Gómez-Jacinto, L., Hombrados-Mendieta, I., Del Pino-Brunet, N., & Basto-Pereira, M. (2023). Motivated to compete but not to care: The fundamental social motives of risk-taking behaviors. Personality and Individual Differences, 205 https://doi.org/10.1016/j.paid.2023.112093

Santos, A. C., Arriaga, P., Daniel, J. R., Cefai, C., Melo, M. H. S., Psyllou, A., . . . Simões, C. (2023). Social and emotional competencies as predictors of student engagement in youth: A cross-cultural multilevel study. Studies in Higher Education, 48(1), 1-19. https://doi.org/10.1080/03075079.2022.2099370

Santos, N. N., Pipa, J., & Vera Monteiro. (2023). Analysing grade retention beliefs within teachers’ psycho-pedagogic beliefs system. Teaching and Teacher Education, 121 https://doi.org/10.1016/j.tate.2022.103939

Sharif Nia, H., She, L., Froelicher, E. S., Marôco, J., Moshtagh, M., & Hejazi, S. (2023). Psychometric evaluation of the connor-davidson resilience scale among iranian population. BMC Psychiatry, 23(1) https://doi.org/10.1186/s12888-023-04580-8

Silva, M. C., Catry, P., Bried, J., Kawakami, K., Flint, E., & Granadeiro, J. P. (2023). Contrasting patterns of population structure of Bulwer’s petrel (bulweria bulwerii) between oceans revealed by statistical phylogeography. Scientific Reports, 13(1) https://doi.org/10.1038/s41598-023-28452-z

Teles, M. C., Faustino, F., Chanfana, C., Cunha, A., Esteves, M., & Oliveira, R. F. (2023). Social enhancement of adult neurogenesis in zebrafish is not regulated by cortisol. Neuroscience, 509, 51-62. https://doi.org/10.1016/j.neuroscience.2022.11.007

Trabulo, R., Amorim, M. C. P., Fonseca, P. J., Vieira, M., Matos, A. B., Marin-Cudraz, T., . . . Faria, A. M. (2023). Impact of anthropogenic noise on the survival and development of meagre (argyrosomus regius) early life stages. Marine Environmental Research, 185. https://doi.org/10.1016/j.marenvres.2023.105894

Ventura, F., Stanworth, A., Crofts, S., Kuepfer, A., & Catry, P. (2023). Local-scale impacts of extreme events drive demographic asynchrony in neighbouring top predator populations. Biology Letters, 19(2) https://doi.org/10.1098/rsbl.2022.0408

von Humboldt, S., Ribeiro-Gonçalves, J. A., Costa, A., Low, G., Benko, E., & Leal, I. (2023). Sexual well-being in older adults: A qualitative study with older adults from portugal and slovenia. Sexuality Research and Social Policy, 20(1), 364-376. https://doi.org/10.1007/s13178-022-00709-8

von Humboldt, S., Rolo, J., Ribeiro-Gonçalves, J. A., Benko, E., Low, G., & Leal, I. (2023). What distresses sexual well-being among older adults in different cultures? A qualitative study with slovenian and portuguese older adults. Sexuality Research and Social Policy, 20(1), 377-390. https://doi.org/10.1007/s13178-022-00765-0

 

Fonte: Centro de Documentação do Ispa | SCOPUS

Workshop Python 101 – Introdução à programação

No próximo dia 2 março das 14h30 às 17h30 realiza-se o Workshop Python 101 – Introdução à programação.
Workshop destinado a alunos de doutoramento. Inscrições por e-mail para vicereitora.mveriss@ispa.pt.

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Futurália: a maior Feira de Educação e Formação de âmbito nacional

O Ispa vai estar presente na Futurália, a maior Feira de Educação e Formação de âmbito nacional, entre os dias 22 a 25 de março de 2023, na FIL. Contamos com a vossa presença.

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Avaliação em Psicologia Forense em Sede de Processo Penal

A avaliação em Psicologia Forense em Sede de Processo Penal realiza-se a 3 de março. Formadores: Alexandra Anciães e Rute Agulhas.

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Avaliação Psicológica da Criança

A Avaliação Psicológica da Criança realiza-se a 4 de março. Formador: Sílvia Duarte.

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Avaliação Psicológica de Seguranças Privados

A Avaliação Psicológica de Seguranças Privados realiza-se a 21 de março. Formadores: Alberto Maurício e Inês Saraiva Ferreira.

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Filipe Loureiro na Revista Visão

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