Para nós, os anos são letivos. Começam em setembro e trazem promessas, investimentos, desafios e soluções.
A cada novo recomeço, experimentamos sensações de um mítico tempo inaugural que nos abre frinchas de luminosidade e alimenta expectativas de concretizações. Atualizamos objetivos e deixamo-nos levar pelo frenesim do que há de ser, do que vamos aprender, de quem vamos conhecer, do que vamos realizar e descobrir.
Este ano, por todas as razões sobejamente conhecidas, a ânsia é maior. Temos saudades de estar juntos, temos vontade de partilhar: ideias, dúvidas e também abraços e sorrisos. Este ano, que nos dispomos a que seja o recomeço dos recomeços, somos todos mais desejados e mais bem-vindos. Que seja um grande ano!
Professora Doutora Isabel Leal Reitora do Ispa – Instituto Universitário
Saber a Mar
O Dicionário Priberam define perseverança como a “atitude de quem se esforça constantemente, de quem persiste, apesar dos obstáculos ou dos fracassos, em fazer ou alcançar algo”. Ana Margarida Faria reflete aquilo que é nos outros: “hoje aquilo que digo a qualquer aluno meu é que, uma das maiores qualidades que, ou já tens ou que acabas por ganhar, é ser perseverante”.
Natural de Lisboa, cresceu em Oeiras até aos seus 18 anos, “sempre com uma grande influência do meu irmão mais velho; aquilo que os meus pais contam é que, mal começou a andar e a explorar poças, acabou por me arrastar com ele nesta paixão pelo mar. A praia era uma coisa muito comum na nossa rotina, nos nossos fins-de-semana”. Filha de uma professora de Línguas e de um comerciante, o seu percurso nunca foi claro: “costumo dizer que nunca soube o que queria ser até ter entrado naquele curso”. No 9.º ano, os testes psicotécnicos foram pouco esclarecedores – só excluíam definitivamente as Artes e isso, conta Ana Faria, “continuo a corroborar”. Indecisa entre Humanidades e Ciências, decidiu-se pela última não só por adorar Biologia, mas também porque, quando ponderava o seu futuro nas Letras, se interrogava “o que é que eu vou fazer? Jornalismo? Era algo que não imaginava”.
A terminar o secundário, é chegada a hora da decisão derradeira: “pus em primeiro lugar a Faculdade de Ciências (FCUL), porque vivia na zona de Lisboa, e Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve (UAlg) como segunda opção. Não entrei na FCUL por duas décimas, e ainda bem, hoje reconheço. Na altura “chorei baba e ranho, mas acabei por ir para Gambelas”. Uma vez lá, o impacto foi “muito diferente e sabia que realmente tinha feito a escolha certa: curso pequeno, grande proximidade com os professores, que na sua maioria eram investigadores – acabo por achar que há muitas semelhanças entre o ambiente que vivi na UAlg e o Ispa”.
Em 1999, quando Ana Faria entrou na licenciatura, estava no ar a telenovela Saber Amar, que tomava em parte lugar no Zoomarine. Estava, assim, em pleno efeito a febre da biologia marinha: “toda a gente entrava no curso por causa dos golfinhos, mas eu sabia que não era dos cetáceos que eu gostava – havia até uma senhora do bar da faculdade que achava que eu era muito parecida com uma das personagens que trabalhava no Zoomarine, e por isso me chamava Mariazinha, nunca pelo meu nome”, conta entre risos.
O que Ana Faria precisava de saber era o que seguir após a licenciatura; para solucionar esta equação, “a partir do terceiro ano fui fazendo estágios em vários laboratórios: aquacultura, pescas, genética, biologia molecular, ecologia, tudo com professores meus. Esses pequenos estágios permitiram-me ir filtrando o que mais e menos gostava – por exemplo, excluí a parte da biologia molecular e genética porque para mim o que acontecia dentro daqueles Eppendorfs era ficção científica”. Por outro lado, relacionou-se muito bem com a ecologia marinha, em grande parte devido a “uma grande influência do orientador que tive no trabalho final de licenciatura, sendo que acabei por ir para o laboratório onde ele estava, e hoje é um dos meus melhores amigos: Pedro Morais”. O trabalho passava por participar nas saídas de barco no Guadiana, em que Morais “estava a estudar o ciclo de vida do biqueirão. Eu recolhia a parte do plâncton, aqueles seres minúsculos, e aquilo que me interessava era identificar as larvas de peixe que lá estavam – foi assim que entrei nesse mundo larvar, a que se chama de ictioplâncton”.
Os olhos de Ana Faria reluzem quando começam a contar-nos da sua paixão por estes seres. “São minúsculos e achamos que andam passivamente ao sabor das correntes, mas é incrível como têm tantas capacidades comportamentais e sensoriais que lhes permitem fazer escolhas: o sítio para assentar, orientar-se para determinado habitat… Isso acabou por me fascinar. É, honestamente, de tudo o que tenho feito, o que gosto mesmo: estudar o comportamento e a ecologia das fases larvares”.
Terminada a licenciatura com uma boa média, falou “muito a medo” com várias pessoas, incluindo o Professor Emanuel Gonçalves, sobre a possibilidade de concorrer logo a doutoramento, algo possível na altura. “Tinha 23 anos e era – isto quase há 20 anos – um passo que eu via para pessoas mais velhas, com uma maior maturidade científica”, conta. “O Emanuel e a Rita Borges convenceram-me que não; que essa maturidade irias ganhar durante o doutoramento; eu lá me convenci e avancei”. A previsão dos seus orientadores acabaria por se revelar certeira: “realmente não precisas da maturidade científica, vais acabar por adquiri-la”. O importante, constata, “é nunca perderes o foco, nunca perderes o entusiasmo por aquilo que te levou até ali – eu, por muitas frustrações que tenha tido durante o doutoramento, nunca o perdi, sempre consegui continuar a relacionar-me com o que me tinha proposto fazer. Tanto que, ainda hoje, é o que gosto de estudar. Ser persistente é uma qualidade grande para quem se mete num doutoramento e no mundo da ciência em geral [risos], temos que ser altamente resistentes a frustrações”.
Após ser coorientada pelo professor Emanuel Gonçalves, formalizou a relação com o Ispa quando conseguiu a bolsa de pós-doutoramento em 2011. Contudo, houve um interregno entre o doutoramento, finalizado em 2010, e a nova etapa enquanto cientista: “enquanto não ganhei a bolsa, estive como formadora na Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal”. Lecionou durante um ano a disciplina Ciências da Terra: “foi um desafio porque eram turmas muito complicadas – contextos prisionais, religiosos e sociais extremamente díspares”. A acrescentar, “havia alunos que, sendo eu quase da idade deles, se armavam em engraçadinhos… eram histórias complicadas, mas serviu como uma experiência de vida diferente. Posto isto, claramente não era o que me imaginava a fazer.”
Nesse momento entre o doutoramento e o pós-doc, quando concorreu pela primeira vez a um concurso da Fundação para a Ciência e Tecnologia “com um projeto que eu achava que era muito giro e que tinha pernas para andar”, não conseguiu financiamento. Explica que “tive duas críticas: primeiro, que não usava espécies comerciais – falhei alguns financiamentos porque teimava em não as utilizar –, e segundo, porque era muito nova e não tinha experiência”. Começa aqui, como Ana Faria coloca, a “pescadinha de rabo na boca: és muito nova, não tens experiência, mas nunca ganhas experiência se não te derem uma oportunidade”. No ano seguinte, em 2011, “voltei a concorrer com o mesmo projeto, incluí as espécies comerciais e escrevi na candidatura que era um ano mais velha e já tinha ganho mais experiência”. Conseguiu o financiamento.
“Tê-lo ganho com 31 anos foi uma alavanca para eu própria começar a ser independente”. Ainda assim, sendo “relativamente nova é natural que precisasse do apoio de um PI (Investigador Principal) mais sénior, neste caso o Emanuel Gonçalves; continua a ser o nosso porto seguro no Ispa. Apoia-me sempre e a própria independência que ele nos dá também é algo bom”.
Parte-se assim para uma reflexão sobre o estado da Ciência em Portugal e como a exigência tem vindo a aumentar desde o seu tempo. “Costumo dizer que somos trabalhadores por conta própria, porque se não trabalhamos somos nós os prejudicados. Se não te esforças para ter publicações, ganhar projetos, fazer networking, isso vai-se refletir no teu currículo”. Ana Faria confessa que “não sou uma pessoa de grande ambição; o que me move continua a ser aquilo que gosto de estudar. O currículo nunca foi uma coisa que me preocupasse muito, foi acontecendo também naturalmente”. Ao falar em currículo, passamos ao tópico do que é exigido a jovens cientistas e como esse critério tem vindo a evoluir desde 1999, quando entrou na licenciatura: hoje em dia, “é muito raro teres um aluno que termine um mestrado nesta área (Biologia) e que não tenha um artigo submetido ou publicado; que um trabalho não tenha sido previamente pensado para ter esses outputs. Vejo isso nas conferências a que vou: alunos de 22, 23 anos com trabalhos possivelmente melhores que os que eu fiz no fim do meu doutoramento”. Isto, conclui Ana Faria, deve-se essencialmente a “uma mudança de paradigma. Acho que começámos todos a ser mais competitivos, e para o ser precisamos de publicar e fazê-lo mais cedo”.
Uma mudança significativa na vida da jovem investigadora surgiu em 2015, quando decidiu concorrer aos prémios L’Oréal para Mulheres na Ciência, originalmente “por insistência da Beatriz Fernandez, então coordenadora do Centro de Gestão de Investigação do Ispa. Na altura só ganhavam trabalhos nas áreas próximas da biologia molecular e genética. Submeti no último dia – coisa que nunca faço! – e ficou arrumado na minha cabeça, isto em setembro”. O projeto chamava-se ACIDLARVAE e, aproximadamente três meses depois, recebe um telefonema “a dizer que tinha sido uma das laureadas. Respondi que aquilo era espetacular e perguntei quando era a entrega; a senhora respondeu que seria em fevereiro próximo e eu desliguei”. Ana Faria, estupefacta com a surpresa, apenas processou a informação uns minutos depois; aí, “ligo de volta e pergunto sobre o prémio, ao que me respondeu: ‘sim, é a medalha e 20 mil euros’. Aproveitei-o para fazer um projeto”. Na cerimónia, um dos membros do júri, Professora Cecília Arraiano, congratulou-a “porque foi o primeiro ‘L’Oréal’ para uma mulher na área da ecologia marinha: ‘gostei tanto do seu projeto e de ouvir falar das larvinhas. E o seu discurso!’”.
Da experiência, Ana Faria diz que “parece que todo o mundo prestou atenção”; no entanto, considera isso uma faca de dois gumes: esta exposição “incomodou-me um bocadinho. Foi bom ter ganho, e percebo que toda essa projeção foi nada mais que benéfica para me conhecerem e ao meu trabalho, mas é efetivamente algo que não me deixa confortável”. Destaca que “houve muito mediatismo, inclusive uma equipa para nos entrevistar e fotografar – insistiram que usasse batas e luvas, coisa que não faço e que salientei que não faria. Contudo, ficou engraçado porque quando mostraram o vídeo na sessão de abertura aparecem fotografias de bata, bata, bata e, no meio, uma camisa de flanela vermelha; não como algum tipo de diferenciação, apenas porque efetivamente não as usamos. Não há a necessidade de ser o cientista que toda a gente conhece, o estereótipo”.
Nos anos seguintes seria convidada para esses eventos e, por ser também uma colaboradora frequente de iniciativas de comunicação de ciência do Pavilhão do Conhecimento, surge em 2019 o convite para integrar o elenco da iniciativa desse ano do Mulheres na Ciência. “Acho que acabou por ser natural, mas tinha acabado de ter o Vicente e estava com olheiras gigantes porque ele não dormia – só pensava como é que me iriam fotografar com aquele ar”. A simpatia do fotógrafo e da equipa ajudaram, e hoje em dia a sua cópia desse livro encontra-se naquele que é o sítio mais especial para todos nós: “em casa da minha mãe. Mostra a quem quer que visite”.
Hoje em dia, mãe da Mariana e do Vicente, sente a ciência que faz de um modo diferente: “admito que antes de o ser, não tinha esta responsabilidade: a de lhes passar mais princípios, mais conhecimento, o meu trabalho e o que fazemos para que chegue aos mais pequenos. Por eu saber, por ter este conhecimento que os nossos recursos não são infinitos, o mar é o maior bem do planeta Terra, sinto que tenho essa responsabilidade acrescida de passar essa mensagem”.
O que é, para Ana Margarida Faria, ser Ispiana?
“É uma casa de que gosto muito, acima de tudo pela pequena dimensão. É isso que me traz conforto. Continuo a achar que sou uma sortuda por estar no seio de um grupo tão bom como o MARE-Ispa, portanto para mim ser Ispiana é viver no meio de uma família pequena e de relações saudáveis, e que não vejo refletido noutras faculdades e institutos”.
O ano (académico) que terminou ficou marcado pela pandemia por Covid-19. Como em todas as situações críticas, a nossa perceção temporal foi-se dilatando. Foi em março de 2020, há pouco mais de ano e meio, que a Covid-19 foi declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde – parece uma eternidade! De então para cá, entre confinamentos e estados de emergência, fomos vendo alterações muito relevantes ao nosso quotidiano. Algumas pessoas passaram ainda por situações bem piores. Nas universidades entrou, de repente, o ensino à distância, com a necessária reformulação de conteúdos, e esboroou-se muito da vida académica – tão fundamental para a universidade. A troca de ideias, conhecimentos e experiências passou para um mundo virtual – com as vantagens e desvantagens que tal implica.
Começa agora um novo ano, e por causa de todos os desafios que ele implica, “vem-nos à memória uma frase batida”, que serve de mote a esta reflexão. Há um conjunto de mudanças que implicam novos começos e recomeços. Foram abertos uma licenciatura e novos mestrados de Psicologia, interpelando-nos a ir repensando a formação académica. Essas e muitas outras mudanças enquadram-se no processo contínuo de modernização da universidade. Esta deixa de ser um centro de transmissão de conhecimento para ser um foco de reflexão e ação sobre ele. A universidade continua a criar conhecimento, mas não é dona dele. Os alunos não são recipientes passivos. Não vêm aprender conteúdos, vêm agir sobre eles e por isso são agentes ativos no seu desenvolvimento científico e profissional e também na construção da sua universidade. É nesse âmbito que as tecnologias têm o seu papel. Mais do que permitir a distância, elas permitem o acesso, partilha e discussão de ideias com uma facilidade imensa – mas elas não são o fim, são o meio.
No entanto, esta mudança não é inevitável. Podemos continuar com modelos arcaicos de ensinar e de aprender. Talvez sejam mais confortáveis ou fáceis. Quem ensina reforça a sua autoridade, quem aprender não tem de ter agência. É preciso fazer uma escolha que acaba por ser muito identitária – “duma escolha faz-se um desafio, enfrenta-se a vida de fio a pavio”. Que tipo de alunos, que tipo de docentes, que tipo de investigadores queremos ser? O ano que começa também é o “primeiro ano” dessa escolha.
Com a maioria das pessoas vacinadas, arriscamo-nos tentativamente a voltar ao contacto presencial. Esse contacto ocorre meio a medo – talvez com retrocessos e, certamente, com precauções – focando no passo seguinte. Com a expectava de que “pouco a pouco o passo faz-se vagabundo. Dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo”. É o passo-a-passo de regressar que traduz a vitória sobre a pandemia e assim gerimos o medo. O regresso ao presencial é fundamental. Ele permite serendipidades – o descobrir por acaso de ideias, relações, conhecimentos – que mudam vidas.
Tal como todas as situações negativas, também esta pandemia irá terminar. “Entretanto o tempo fez cinza da brasa e outra maré cheia virá da maré vazia”. Mas não é só uma questão de ultrapassar. Da biologia sabe-se que a evolução natural acelera com as crises. Talvez a nossa crise também seja assim. A pergunta que nos resta, no início deste ano, é em que sentido queremos evoluir? Em que pessoas nos queremos tornar?
P.S.: Citações retiradas da música “O Primeiro Dia”, de Sérgio Godinho.
David Neto
Professor do Ispa – Instituto Universitário
Ispa na Noite Europeia dos Investigadores
Parceiros da Noite Europeia dos Investigadores desde 2016, o Ispa voltou a marcar presença este ano com atividades no Museu de História Natural e da Ciência (MUHNAC) e no Pavilhão do Conhecimento, naquela que é a maior iniciativa a nível nacional em termos de aproximação da Ciência e Sociedade.
MPA Guide – esforço mundial para a conservação dos oceanos
O Professor Emanuel Gonçalves do Ispa é um dos dois cientistas portugueses envolvidos neste estudo, que resulta de 10 anos de investigação. O MPA Guide, publicado na Science, procura providenciar “um enquadramento para alcançar metas globais para o Oceano”.
O COPAHS é o primeiro estudo em todo o mundo a ensinar e comparar a utilidade de diferentes estratégias e práticas psicológicas, comportamentais e espirituais breves para o bem-estar de pessoas em situação de stress. https://copahs.wixsite.com/home
Prémio Guarda-Rios 2021 – menção honrosa para projeto Peixes Nativos
O Projeto Peixes Nativos, da investigadora Carla Sousa Santos, foi distinguido com o segundo lugar nesta iniciativa que reconhece práticas ambientais positivas nos rios portugueses.
Rosas, Raquel, Pimenta, Filipa, Leal, Isabel, & Schwarzer, R. (2022). FOODLIT-tool: Development and validation of the adaptable food literacy tool towards global sustainability within food systems. Appetite. https://doi.org/10.1016/j.appet.2021.105658
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Grorud-Colvert, K. et al. (Gonçalves, Emanuel). (2021). The MPA guide: A framework to achieve global goals for the ocean. Science. https://doi.org/10.1126/science.abf0861
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Ciclos de Conferências – 2021/22
As conferências científicas semanais, que são uma imagem de marca do Ispa, estão de volta com o novo ano letivo! Serão às quintas-feiras, pelo 12h30 no Auditório Armando de Castro. Vemo-nos lá!
4th International Mental Health Meeting of Romão de Sousa Foundation
A Fundação Romão de Sousa organiza, em conjunto com o Ispa, o IV Encontro Internacional de Saúde Mental, que terá lugar nos próximos dias 5 e 6 de novembro – e com descontos especiais para Ispianos!
O Ispa apoia o 2.º Congresso de Psico-Oncologia da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Em formato híbrido (presencial e virtual), este evento realiza-se nos próximos dias 7, 8 e 9 de outubro. O painel de oradores nacionais e internacionais irá refletir e discutir aspetos específicos da intervenção da psico-oncologia ao longo da trajetória da doença (desde o diagnóstico aos cuidados paliativos ou sobrevivência), bem como sobre os obstáculos inerentes a essa intervenção no contexto da pandemia por Covid-19 e seu impacto em doentes, cuidadores e profissionais de saúde.
Ispa na Big Meeting “Os Primeiros Anos Contam! E agora?”
Neste Encontro, falaram as professoras Manuela Veríssimo, Ana Teresa Brito e Maria João Vargas Moniz. O antigo professor do Ispa, Emílio Salgueiro, foi também um dos oradores.
Tendo como objetivo um contacto mais próximo e facilitado com os seus estudantes e candidatos, o Ispa criou a Unidade de Acolhimento e Suporte ao Estudante (Students Welcome & Support Unit).
Esta nova unidade gere os vários canais de atendimento a candidatos e estudantes. Pretende ainda, de forma articulada com as demais estruturas do Ispa, dinamizar atividades de acolhimento e integração académica, desenvolvendo e apoiando iniciativas que contribuam para um envolvimento efetivo da comunidade académica, bem como para a divulgação do Ispa junto da rede de ensino básico e secundário.
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