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A Professora Ana Pereira, docente e investigadora do Ispa – Instituto Universitário, participou recentemente numa call do ERGA-BGE (Biodiversity Genomics Europe), tendo visto aprovada a nomeação de uma espécie para sequenciação genómica.   A anémona-do-mar Actinia mediterranea foi selecionada para a sequenciação do seu genoma, um avanço significativo para o estudo da biodiversidade marinha e para a conservação das espécies oceânicas.

A nomeação da espécie, realizada há cerca de um ano pela investigadora, foi aceite na segunda call ERGA-BGE (Biodiversity Genomics Europe), um projeto internacional que visa mapear os genomas de referência da fauna e flora europeias. A sequenciação do genoma desta espécie já foi concluída e os resultados serão publicados em breve num preprint, contribuindo para um conhecimento mais aprofundado sobre a biologia e a evolução da Actinia mediterranea.

“O aumento do número de genomas de espécies vai permitir impulsionar a investigação e conhecimento sobre muitos aspetos da sua biologia e ecologia. Estes projetos são muito importantes, sobretudo para espécies sem interesse comercial”, afirma a docente.

O projeto ERGA-BGE reúne cientistas de toda a Europa com o objetivo de acelerar o uso da genómica para compreender melhor a biodiversidade, monitorizar as suas mudanças e orientar estratégias para a sua preservação. A anémona do mar Actinia mediterranea, uma espécie característica dos ecossistemas costeiros do Mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico, desempenha um papel fundamental na dinâmica ecológica destes habitats. O seu genoma de referência permitirá aos investigadores aprofundar conhecimentos sobre a sua adaptação às mudanças ambientais, resistência ao stress e interações com outras espécies marinhas.

A participação da Professora Ana Pereira neste projeto sublinha a importância da investigação desenvolvida no Ispa, demonstrando como a ciência portuguesa tem um impacto relevante em redes internacionais de investigação.

A sequenciação genómica de espécies marinhas é um passo essencial para compreender os desafios que enfrentam num contexto de alterações climáticas e degradação ambiental. O trabalho agora publicado representa um contributo significativo para a preservação destes organismos e reforça a necessidade de uma abordagem científica sólida para a gestão dos ecossistemas marinhos.