Notícias

Investigadora do Ispa entre as melhores cientistas do mundo com estudo inovador sobre parentalidade

17 de Dezembro, 2024

Marian Bakermans-Kranenburg, professora do Ispa – Instituto Universitário, destaca-se internacionalmente com investigação inovadora sobre os processos neurobiológicos da parentalidade e da vinculação emocional entre pais e filhos.

A investigadora Marian Bakermans-Kranenburg, professora catedrática do Ispa – Instituto Universitário, figura entre as mil melhores cientistas do mundo no prestigiado ranking da Research.com. Ocupando a 433.ª posição, com mais de 59 mil citações e 508 publicações, a cientista neerlandesa destacou-se pelo trabalho inovador que desenvolve em Portugal no campo da parentalidade, focando-se no papel dos pais e nos fatores que influenciam a relação entre cuidadores e crianças.

A investigadora, citada pelo Jornal Público, sublinha a importância do contexto familiar no desenvolvimento infantil:

“Uma das coisas mais importantes no primeiro ano de vida é o facto de as crianças estabelecerem relações de vinculação com os seus cuidadores, que servem tanto como um porto seguro quando precisam de apoio — quando estão assustadas, doentes, ansiosas ou com fome — como uma base segura para explorarem o mundo quando estão à vontade.”

O percurso académico e científico de Marian Bakermans-Kranenburg é marcado por descobertas relevantes, como a análise da susceptibilidade diferencial — o que torna algumas crianças mais sensíveis às influências do ambiente. A investigadora também tem desenvolvido estudos sobre as alterações neurobiológicas nos homens durante a transição para a paternidade, um tema até então pouco explorado.

No Ispa, encontrou um ambiente de excelência e colaboração que, segundo afirmou ao Público, foi determinante para a sua decisão de trabalhar em Portugal:

“O trabalho cuidadoso [do Ispa] é muito inspirador e foi realmente decisivo para eu vir para Portugal.”

Três outras cientistas portuguesas no topo mundial

O reconhecimento de Marian Bakermans-Kranenburg no ranking da Research.com surge num contexto em que outras três cientistas com ligações a Portugal também foram destacadas:

  • Graça Raposo ocupa o 357.º lugar. A viver em França, a cientista trabalha no Instituto Curie e é uma referência mundial na investigação sobre vesículas extracelulares, estruturas celulares que podem ser utilizadas como ferramentas terapêuticas em doenças como o cancro.
  • Inês Barroso, na 570.ª posição, investiga alterações genéticas associadas à diabetes na Universidade de Exeter, no Reino Unido. A cientista tem-se focado em diagnósticos mais personalizados e eficazes, um avanço importante no tratamento desta doença.
  • Isabel Ferreira, no 704.º lugar, é professora no Instituto Politécnico de Bragança. Especialista em bioquímica alimentar, tem explorado plantas e cogumelos como fontes naturais de conservantes, corantes e bioativos, trazendo soluções inovadoras e sustentáveis para a indústria agroalimentar.

Um exemplo inspirador e um incentivo ao futuro

O reconhecimento internacional de cientistas como Marian Bakermans-Kranenburg, Graça Raposo, Inês Barroso e Isabel Ferreira serve de inspiração para as novas gerações e reforça a importância de investir em ciência e conhecimento como motores de progresso. Portugal, através das suas instituições e dos seus investigadores, afirma-se cada vez mais como um país capaz de produzir ciência de excelência e de impacto global.

No Ispa, este é apenas mais um passo numa trajetória de compromisso com o desenvolvimento humano e com a produção de conhecimento relevante e inovador.

Com cientistas desta estatura, o futuro da investigação em Portugal promete ser cada vez mais brilhante e transformador.

Outras notícias

ver todas