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A exposição “Na Era do Ruído”, da artista e psicóloga Carolina Frazão, inaugura no próximo dia 20 de março, pelas 16h30, no Ispa – Instituto Universitário. A inauguração é seguida de uma tertúlia, às 17h30 na sala 307. A mostra, que conjuga fotografia e psicologia, convida os visitantes a uma reflexão profunda sobre a alienação e o ritmo frenético do mundo moderno, abordando questões fundamentais sobre o impacto da sociedade contemporânea na saúde mental.

“Na Era do Ruído” surge como um projeto autoral em que Carolina Frazão, Mestre em Psicologia da Educação e Aconselhamento pela Universidade de Lisboa e licenciada pelo Ispa, utiliza a fotografia como meio de expressão e questionamento. As suas imagens captam a fragmentação do tempo, o medo e a indiferença, propondo um diálogo visual sobre a necessidade de introspeção num mundo cada vez mais acelerado.

A exposição explora a forma como a sociedade atual lida com a dor, a solidão e a necessidade de anestesia emocional. “Ludibriam-nos com uma pílula da felicidade”, escreve Carolina Frazão na descrição do seu projeto, evidenciando a cultura do imediatismo e da recompensa instantânea que influenciam o bem-estar psicológico. As imagens expostas incentivam o público a questionar-se sobre a própria existência, despindo-se de conceitos preestabelecidos para uma busca mais autêntica da essência humana.

Para além da sua atuação como fotógrafa, Carolina Frazão tem desenvolvido projetos de intervenção social e educacional, integrando programas como o “Cuida-te+”, do Instituto Português do Desporto e da Juventude, que promove a saúde mental através da expressão plástica. Com uma abordagem multidisciplinar, trabalha ainda com instituições como a Arisco, aplicando técnicas artísticas para fomentar competências socioemocionais.

A exposição “Na Era do Ruído” promete uma experiência imersiva e provocadora, num espaço onde a fotografia se torna um espelho das inquietações humanas. A inauguração contará com a presença da artista, proporcionando um momento de partilha e diálogo com o público. A entrada é livre e a exposição permanecerá patente ao longo das semanas seguintes.